Visita dos alunos do 4º ano da Escola de Ribeira de Pena

Dois dias após termos recebido o 4º ano da Escola de Cerva, foi a vez de receber o 4º ano da Escola de Ribeira de Pena numa visita à exploração do criador Avelino Rego. A meteorologia previa um dia com poucas hipóteses de passeio ao ar livre devido à chuva, mas mesmo com a chuva a aparecer a meio da visita, ainda sobrou diversão que chegue aos alunos no regresso à escola para o almoço.

Tal como na visita anterior, o Avelino preparou o pequeno-almoço dos vitelos, para ser servido imediatamente após a chegada da turma à exploração. Enquanto os vitelos se deleitavam com o manjar matinal, o Avelino e o seu colega Filipe, criador de cruzadas minhota-galega que acompanhou a apresentação matinal ao grupo, relataram aos alunos, o passado dos montes e dos lameiros da aldeia de Alvadia, concluindo a sua narrativa, valorizando importância e o papel fundamental dos vários herbívoros domésticos na preservação da aldeia e da sua população, com destaque para as maronesas e para a cabra bravia, autóctones da região.

Terminado de colocar os vitelos no seu parque, graças à docilidade da Ramalha, os alunos ainda puderam ver de perto (os mais corajosos de tocar), algumas características físicas da maronesa que permitem integrar-se muito bem na paisagem do Alvão. A Ramalha agradeceu as festas dos alunos pelo seu comportamento exemplar e partiu para o monte com a sua manada.

Como na visita dos seus colegas do município, a turma de Ribeira de Pena também acompanhou a manada até onde começa o baldio da aldeia e no local dessa transição, com a disposição presente da vegetação, voltámos a falar do comportamento do fogo no monte e da importância de, no nosso clima e paisagem haver “interrupções” entre diferentes tipos de vegetação, produção (mosaicos) e de no contexto actual, ajudarmos a equilibrar a competição de procura de luz entre arbustos e herbáceas, ou com ajuda do fogo prescrito, ou com a roçadora/trator ou com ajuda dos herbívoros domésticos. A caminho dos lameiros que arderam em Setembro do ano passado, a chuva apareceu e fomos forçados a regressar à exploração do Avelino para ouvirmos o que ele tinha ainda para partilhar e dessa forma completar a visita com melhor proveito.

Já no estábulo, foram repetidos os saltos, as cambalhotas e piruetas no monte de erva destinado à barriga das vacas depois do passeio no monte. Depois dos ânimos acalmados, foi altura para introduzir algumas “engenhocas” que o Avelino encomendou, tendo como objectivo melhorar algumas tarefas pontuais na sua exploração, necessárias para o maneio correcto da sua manada, mas que podem ser substituídas por sistemas automatizados com recurso a pequenos dispositivos tecnológicos. Desta forma, permite-lhe ter tempo para outras tarefas que necessitam de mais atenção da sua parte e dessa forma melhorar a produtividade da sua exploração.

Antes de terminar a visita, foi o momento de fazer um segundo teste ao novo sistema de pesagem de vitelos do Avelino, com todos os alunos a mostrar muita vontade de o ajudar, passando pela nova balança digital aos grupos de 2, 3, 4 e 5, para terem a certeza que estava tudo bem montado. O tempo durante a manhã não esteve com muito boa cara, mas o mesmo não se pode dizer dos alunos, que voltaram felizes e contentes da Serra, com mais uma aventura para levar para casa e para a escola.